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Ensaio sobre o bom senso


     O que sabemos hoje do "politicamente correto" é a deturpação do antigo Bom Senso. Viramos de cabeça prá baixo o que era sensato e quando digo "viramos", é em decorrência de uma aceitação massiva e silenciosa por parte das gerações que deveriam ter levantado a voz contra a insensatez que permeia as regras do "politicamente correto". Não fomos contra e agora temos duas vertentes. Os que acham o politicamente correto inteiramente ridículo e agem como politicamente incorretos como forma de mostrar sua opinião e os que aceitaram suas regras e são "corretinhos", para não perderem tempo com discussões infrutíferas (aliás, eu adicionaria esta discussão ao grupo do sexo, futebol e religião). 
     Optei um dia de certa forma e continuo a agir desta forma. Se preciso escolher entre "gay", "viado"  ou homossexual; por que raios eu preciso me meter com a sexualidade de alguém? Não preciso chamar de nada! Preciso sim, cuidar da minha (vida, não sexualidade - embora seja boa idéia). Se for necessário falar sobre "putas" ou "profissionais liberais da área de entretenimento sexual", por que não me ocupar de algo válido, como as compras do mês ou do dever de casa da minha filha?
Se nos esforçamos tanto para afirmar que não somos rotuláveis, porque rotular? Bonitinho ou não, o termo seria certamente desnecessário, se estivéssemos cuidando de nossas vidas...
    Mas é claro, minha opinião veio da educação que recebi de meus pais, que me ensinaram que rir de alguém por determinada característica ou algum fato isolado é não ter mesmo algo melhor prá fazer. Um dia escutei de uma grande amiga que eu conto demais minha vida, que falo muito de mim e assim me exponho. Meu argumento foi claro e sem delongas: eu prefiro ME expor a expor alguém. Prefiro falar de mim a falar dos outros. Minha vida tem coisas incríveis, engraçadas, tristes por vezes (raras). Prá quê eu falaria de outra pessoa, principalmente na ausência desta pessoa?
     O politicamente correto tem lá raízes bem intencionadas (as que restaram do bom senso), embora os defensores ferrenhos nem saibam que há coisas boas lá. Não defendo o politicamente correto. Defendo antes, o bom senso, a sensatez, a educação e a delicadeza no trato com qualquer ser.
    Ser delicado é brega? Não ofender (nem sei mais o que ofende ou não!) é ser boazinha demais?
    Fico sendo a boazinha brega, mas não por ser politicamente correto, mas por fazer parte do bom senso e da delicadeza que deveria ser inerente ao ser humano.

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