DeTUDO...MUITO
this site the web

Que ela andou pensando muito. E cansou de tudo isso.
Perdoa o sorriso dela, que já não é mais o mesmo e ainda te encanta.
Desencanta então...que ela precisa de mais do que encanto.
A mesmice a irrita...





Porque cada sorriso de uma criança é o sol nascendo...
E cada travessura um raio deste sol.
E como o sol, elas são intrinsecamente necessárias...
Para que nos lembremos do ciclo perfeito da vida com amor.


Para que não nos esqueçamos de crescer guardando um pouquinho do sol nascendo com a gente ;
E chupar pirulito de vez em quando;
E desenhar no vapor do box após o banho;
E comer o recheio do biscoito antes.


E dar abraço sem que tenham nos pedido;
Dividir o sanduíche debaixo da árvore;
Dar o milésimo beijo como se fosse o primeiro;
E amar o pai e a mãe porque eles são amigos do Papai Noel e do Coelhinho da Páscoa.







Sinto falta do que não sei se existe.
Quero o que não me foi ofertado.
Como o beijo prometido
Sentido, bem quisto...mas nunca provado...


Desejo o que está longe de direito...
E perto de fato.
Que ninguém saiba que assim o sinto...
Que nem ele saiba...o quanto é esperado...


Que se ele souber, desfaz-se o encanto...
Que se alguém contar, perde o jeito...
E se me perguntar, mudo de assunto...
Continuo sentindo o beijo dentro do peito...



Filme em mim...

Hoje eu assisti a Tristeza.
Ela estava passando no canal aberto da minha TV, ligada na tomada do coração; com áudio e imagem perfeitos.
Eu não conseguia mudar de canal. Era involuntário assistir. Junto com a Tristeza, havia uma atriz coadjuvante (Melancolia Indefinível) que vinha, vez por outra, dar uma pitada de silêncio na cena.
Aí está um canal que não assisto muito. Sou mais fã dos canais Alegria Sempre e Bola prá Frente; mas fazer o quê se de repente a programação ficou falha??
Entendi que alguns programas são necessários vez em quando...resolvi assistir.
Apaguei as luzes internas...fechei os olhos da alma...e me deixei anestesiar pela Reflexão. Assisti o filme quase todo, num estado de estupor impressionante, onde via tanta coisa passando pela tela do meu coração! 
Deixei-me ser só sentimento. Chorei-me bastante. Agoniei-me tanto com o formigamento das minhas mãos, incapazes de enxugar as lágrimas...
Vontade de nem ser mais, nem estar mais.
Filme intenso, tão meu...daqueles que se quer ver sozinha, sem ninguém por perto prá perguntar e a gente nem responder...sabe?
Assisti quietinha a Solidão chegando perto da Tristeza, sorrateira...Tristeza sem saber de onde vinha a sensação de estar só (às vezes eu queria a Solidão mais ausente de minha tela...).
Fiquei curiosa quando vi tantas e tantas cenas onde me via (parece comigo a atriz...) centenas de vezes respirando automaticamente, agindo maquinalmente, visando só chegar ao fim do dia e cumprir a agenda social...eu não vivi aqueles dias...eu sobrevivi à eles. Foi só material, só conseguir pagar, comprar, fazer...Nada de sentir, respeitar a mim, refletir sobre algo e não algo...
Me vi enterrada inconscientemente em uma sociedade do valor, do pago...da alma embalada à vácuo! 
Sobreviva, não importa se isso faz ou não feliz. Não importa ser feliz, mas aparente estar! O próximo precisa de você feliz, ele não vai lhe perguntar se está de fato. Pareça. Pereça.
Olhei prá janela na cena onde a Solidão abraçava a Melancolia, fechando os olhos práquela cena tão íntima... Vi que chovia...Chovia forte, o vento uivava em mim, prá mim, comigo. Uma chuva torrencial, providencial, uma tempestade necessária. Não prá lavar, mas prá fazer alagar, inundar, transbordar o que guardei lá no fundo, no afã de sobreviver e não viver...
A Dor entrou em cena quando a Melancolia falava sobre como ela gostaria de receber em troca um sorriso daqueles que a gente estende debaixo das mangueiras em fim de domingo e deita sabe?
Dor continuou tomando a cena prá ela enquanto falava de como um colo sazonal lhe faria bem...um fôlego de carinho, tão necessário...
Ah...como apertei minhas mãos com força quando a Solidão chorou em mim. Como me senti sozinhamente sozinha...Nunca quis tanto a sombra amiga em meio ao sol da rotina, da mesmice, do tão somente sobreviver...uma palavra afável, um consolo desinteressado...no meio do turbilhão-limite das 24 horas que temos prá não ouvir "Game Over" ao fim do dia.
Não foi o melhor filme, foi a melhor espiadela no espelho que já dei...
Descobri que o que preciso, vindo ou não...é meu objetivo.
Plenitude será estrela do meu próximo filme...cachê alto, como os meus sonhos...

Ela...

Algumas pessoas sabem. Outras não. Outras tantas sabem, mas não gostam de saber, ou fingem não saber. Mas há as que sabem, fazem de conta que não, mas adoram.
Ela. Ela não está em categorias.
Ela não tem classe...nem gênero...ela tem presença. 
É contrastante...ela e os outros...
Mas ela sabe, sem saber, que faz bem o que faz.
Ela sabe fazer falta, sem sumir.
Sabe estar com você como ninguém.
Sabe também deixar você saber que ela não gosta de publicidade. Gratuita ou não.
Sabe estar ali, bem ali ó...na hora certa.
Ela sabe como fazer você esperar por ela, sem te pedir isso...
Sabe agradecer sem dizer nada...
Sabe ficar brava e me fazer rir mesmo assim...e rir de quando estou brava.
Sabe que "desculpa" tem um valor enorme! E que "gosto de você" não tem preço! E nunca, nunca diz nenhuma das duas coisas em vão.

Sabe ouvir. Ah...isso ela faz como ninguém. Sabe que, num mundo onde tantos sentimentos tem prazo de validade, o não-perecível é raro; e ela traz em si algo raro!
Ela sabe que não precisa explicar, nem pede explicações (só quando uma de nós não entende nada...acontece né?).
Alguém (ela, claro...) disse: "Basta estar aqui." E eu me dei conta de como isso é verdade, e faz diferença...e faz falta...e faz sentido. Falei prá você que ela sabe...

Ela sabe dos defeitos (dos dela e dos meus...); mas prá quê falar deles? Tiraria o emprego de tantos psicólgos e psiquiatras e ex-maridos...Sabe que nada, nada é mais importante do que falar a verdade, ser sincera...
Sabe ficar brava...e sabe com o quê.
Ela sabe, ela tem a manha de ser importante. Mas ela não gosta. Desapego é fundamental. Sei...
Sabe que é dela que falo, mas se eu falar que é dela...aí dá briga. Não falo e ponto. Basta que ela saiba. É prá ela mesmo. Não prá você que está lendo...Você é efeito colateral do texto. É impossível falar dela sem que você leia. Garanto que você leu e pensou "Sei quem é." Sabe nem.... Ela sabe!
Ah...ela também sabe que hoje é hoje e ser hoje faz diferença...porque "sempre não é todo dia", mas neste caso...todo dia tem sido muito, muito bom por causa dela.
E como ela também sabe que eu sei que ela vai brigar se o texto se prolongar...limito-me a dizer...que descobri uma coisinha só que ela não sabe (Há!).
Ela não sabe...que como na música "respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada"...e a minha é diferente das outras quando ela está por perto...
 

W3C Validations

Cum sociis natoque penatibus et magnis dis parturient montes, nascetur ridiculus mus. Morbi dapibus dolor sit amet metus suscipit iaculis. Quisque at nulla eu elit adipiscing tempor.

Usage Policies