E o mundo começa a girar quando o telefone toca.
E em horas de conversa, o silêncio ocupa a maior parte...um silêncio cúmplice, um carinho subentendido, um "eu-sei-o-que-você-está-pensando" disfarçado.
Riso solto, gostoso, sincero. Conta as coisas do teu dia, pergunta como foi o dia dele. Fala prá ele não rir, mas você conversa sozinha com ele no carro. E ele ri. E você faz voz de brava só prá ouvir "não fica assim linda...desculpa". Que desculpa assim é gostoso que nem domingo à tarde no sofá.
Conta que foi ao cinema. Ele teve problemas com o carro. Ela diz que vai lá mês que vem. Ele, que fica pensando em como seria...Que estava cheio no trabalho hoje. Ela diz que ficou esperando ligar. Poxa, não deu. Desculpas e tals.
Nem se dão conta...que o tempo passou. Maior do que aquelas horas, ele levou nas asas o que teria sido. O que teriam feito. O quanto teriam sentido.
Ele diz que não vem mais. Ela diz que é melhor assim.
Ele, que não esquece. Ela, que nem vai tentar.
E o mundo parou às 06:55.
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