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Filme em mim...

Hoje eu assisti a Tristeza.
Ela estava passando no canal aberto da minha TV, ligada na tomada do coração; com áudio e imagem perfeitos.
Eu não conseguia mudar de canal. Era involuntário assistir. Junto com a Tristeza, havia uma atriz coadjuvante (Melancolia Indefinível) que vinha, vez por outra, dar uma pitada de silêncio na cena.
Aí está um canal que não assisto muito. Sou mais fã dos canais Alegria Sempre e Bola prá Frente; mas fazer o quê se de repente a programação ficou falha??
Entendi que alguns programas são necessários vez em quando...resolvi assistir.
Apaguei as luzes internas...fechei os olhos da alma...e me deixei anestesiar pela Reflexão. Assisti o filme quase todo, num estado de estupor impressionante, onde via tanta coisa passando pela tela do meu coração! 
Deixei-me ser só sentimento. Chorei-me bastante. Agoniei-me tanto com o formigamento das minhas mãos, incapazes de enxugar as lágrimas...
Vontade de nem ser mais, nem estar mais.
Filme intenso, tão meu...daqueles que se quer ver sozinha, sem ninguém por perto prá perguntar e a gente nem responder...sabe?
Assisti quietinha a Solidão chegando perto da Tristeza, sorrateira...Tristeza sem saber de onde vinha a sensação de estar só (às vezes eu queria a Solidão mais ausente de minha tela...).
Fiquei curiosa quando vi tantas e tantas cenas onde me via (parece comigo a atriz...) centenas de vezes respirando automaticamente, agindo maquinalmente, visando só chegar ao fim do dia e cumprir a agenda social...eu não vivi aqueles dias...eu sobrevivi à eles. Foi só material, só conseguir pagar, comprar, fazer...Nada de sentir, respeitar a mim, refletir sobre algo e não algo...
Me vi enterrada inconscientemente em uma sociedade do valor, do pago...da alma embalada à vácuo! 
Sobreviva, não importa se isso faz ou não feliz. Não importa ser feliz, mas aparente estar! O próximo precisa de você feliz, ele não vai lhe perguntar se está de fato. Pareça. Pereça.
Olhei prá janela na cena onde a Solidão abraçava a Melancolia, fechando os olhos práquela cena tão íntima... Vi que chovia...Chovia forte, o vento uivava em mim, prá mim, comigo. Uma chuva torrencial, providencial, uma tempestade necessária. Não prá lavar, mas prá fazer alagar, inundar, transbordar o que guardei lá no fundo, no afã de sobreviver e não viver...
A Dor entrou em cena quando a Melancolia falava sobre como ela gostaria de receber em troca um sorriso daqueles que a gente estende debaixo das mangueiras em fim de domingo e deita sabe?
Dor continuou tomando a cena prá ela enquanto falava de como um colo sazonal lhe faria bem...um fôlego de carinho, tão necessário...
Ah...como apertei minhas mãos com força quando a Solidão chorou em mim. Como me senti sozinhamente sozinha...Nunca quis tanto a sombra amiga em meio ao sol da rotina, da mesmice, do tão somente sobreviver...uma palavra afável, um consolo desinteressado...no meio do turbilhão-limite das 24 horas que temos prá não ouvir "Game Over" ao fim do dia.
Não foi o melhor filme, foi a melhor espiadela no espelho que já dei...
Descobri que o que preciso, vindo ou não...é meu objetivo.
Plenitude será estrela do meu próximo filme...cachê alto, como os meus sonhos...

1 comentários:

maclainy disse...

LINDO E PERFEITO!
Melhor impossivel!
Essa garota tem sucesso! Meus parabens!
E.. Obrigada!

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